Mais um espetáculo de Play Back Theatre: "Nossas crianças...Nossas estórias" - Venha resgatar sua criança interna junto às crianças de hoje: elas dão um espetáculo de espontaneidade! Ingressos em número limitado!!!

Workshop: “Pedaços de mim” – Oficina de Expressão Corporal - Facilitador: Evanderson - Processamento: Dolores


No Psicodrama enfatiza-se a importância de se trabalhar o corpo, considerá-lo instrumento de fala e compreensão – de si (terapeuta) e do outro (cliente, grupo) - na medida que  Moreno elege a ação como o princípio para o fim: o da transformação, a partir da catarse de integração. Com a dramatização (que se realiza com a palavra, corpo, movimento, emoção, imaginação e criatividade) pretende-se a catarse; no psicodrama a catarse de integração distingue-se da catarse ativa  por oportunizar corpo, mente e emoção se integrarem a favor da compreensão do próprio cliente/grupo, libertando-o dos conflitos, e não se referindo  apenas à liberação de emoção. O protagonista (aquele que traz a cena) quando no grupo, oferta a todos o seu drama e a co-construção deste drama o possibilita re-editar-se, mudar, (“dá pano pra manga”) e propulsiona a mudança no/do grupo. A co-construção refere-se a sincronização do grupo, ao conceito de Tele que segundo Moreno refere-se ao verdadeiro encontro, à mutualidade e reciprocidade de escolhas e sentimentos. A co-construção desenvolve e possibilita o re-fluir da espontaneidade : uma resposta nova  para cada nova situação ou uma resposta nova para antigas situações, àquelas que  podem se repetir e que à nova resposta aplica-se a noção de adequação.
Na oficina de expressão corporal a co-construção realizou-se a partir das consignas dos variados jogos dramáticos e teatrais em que cada movimento, esculturas corporais, gestos e palavras foram proporcionando ao grupo a expressão de sentimentos, “dramas”, a experimentar suas novas possibilidades e mudanças através do corpo.  
Ampliando e favorecendo a diferenciação e integração do perceber, sentir, pensar e fazer, as expressões corporais possibilitaram mudanças, transformações pessoais e construção de conhecimento.
Dos jogos emergiu a protagonista do grupo. O psicodrama foi dirigido e os egos-auxiliares, já suficientemente aquecidos, foram facilitando a compreensão e integração da protagonista dos seus “pedaços”.  Utilizou-se especialmente a técnica inversões de papéis.
O foco foi mantido no objetivo da oficina: expressão corporal.
Valorizou-se as leituras das imagens corporais ampliando a integração corpo-sentimento-imaginação-criatividade e propiciando auto-conhecimento: “estou assim quando...” e “quando estou assim me sinto...”.
Evidenciou-se a importância do estar centrado para estar atento: “manter os olhos num foco” facilita a percepção  dos vários estímulos que acontecem simultaneamente. Analogamente podemos dizer que “a escuta não se faz apenas através dos ouvidos e que é preciso “esvaziar a mente para escutar-se por inteiro”.
No último jogo, a  consigna foi: “observe e traga para o grupo um objeto da sala, ou da área externa, que represente o seu sentimento na oficina”.
No  compartilhamento  final deu-se então, lugar aos sentimentos vivenciados durante a oficina. Concluiu-se pela integração, harmonia e sincronicidade do grupo. Os objetos/sentimentos remetiam-se aos “Pedaços de mim” e o desejo de integrá-los.
Foi dado um momento para além dos sentimentos quando o grupo expressou suas  analogias e considerações do experienciado no “aqui e agora” e no seu cotidiano. Um processamento que não pretendeu-se teórico mas vivencial , tratando-se de uma oficina de expressão corporal.
Muitas conexões teóricas foram favorecidas:
·         “a segunda vez é libertadora” : à medida que o grupo ia usando o corpo o mesmo ia sendo libertado – maior alongamento, ousadia, coragem... Moreno concebeu a cena psicodramática como “a segunda vez”, a realidade suplementar.
·         “a co-construção”: referindo-se ao conceito de Tele Moreniano  e como Ségio Perazzo a compreende – tele = co-construção.
·         Quanto as técnicas psicodramáticas:
ü  Espelho: os gestos e posições do corpo iam sendo “imitadas”; nas esculturas foram sendo substituídas pessoas de forma que “de fora” se vissem como que no espelho,  parte da escultura.
ü  Maximização: movimentos e esculturas “amplificavam” sentimentos e palavras.
ü  Concretização: a partir da percepção tátil criou-se esculturas corporais, individuais e grupais, “concretizando” as sensações, percepções e sentimentos experimentados.
ü  Representação de papéis: nas esculturas e imagens corporais as pessoas se colocaram no lugar de sentimentos: medo, força interior, movimento...
ü  Inversão de papéis: no psicodrama a protagonista e seus “sentimentos” iam invertendo seus lugares e dialogando.

A oficina de expressão corporal confirma-nos, pelos “resultados”, até  porquê estes são imensuráveis: o corpo fala e quando em ação grita e se contido adoece e nos faz morrer.

“Escuto-me através do meu corpo, acordado , conectado, e ele me diz:  VIVA!” 
(Dolores Pena) 

O que é PSICODRAMA?

                                                                                       
O PSICODRAMA é um método, “um caminho para chegar a um fim”. Método distingue-se de técnica, “uma maneira de fazer alguma coisa”; evita-se assim um comum equívoco.    
Atribui-se este vocábulo para indicar um vasto campo de conhecimento criado por Jacob Levy Moreno. É um método sócioterapêutico aplicado a grupos, indivíduos e em vários contextos - clínico, organizacional e educacional. Prioriza a AÇÃO e esta é composta por aspectos verbais (semânticos e sintáticos), afetivos e gestuais.
Operacionaliza-se a partir de instrumentos:
1.       Protagonista,
2.       Ego-auxiliar,
3.       Diretor,
4.       Platéia e
5.       Palco.
O palco psicodramático é o espaço cênico, o lugar onde acontece a recriação do drama, as cenas psicodramáticas. O protagonista é o indivíduo que oferece o drama ao grupo, este considerado a platéia. Os ego-auxiliares são os participantes do grupo que se dispõem a representar os personagens e a desempenhar os papéis nas cenas. O diretor exerce funções variadas referentes à estruturação das cenas, à atenção ao protagonista e ao grupo por inteiro, nas diferentes etapas do psicodrama. Inspirado no teatro observamos as semelhanças dos termos utilizados.
O método  processa-se em etapas –“ do começo para o fim”:
1-Aquecimento (inespecífico e específico): quando o grupo se organiza e prepara-se para a ação. Deve acontecer do superficial ao profundo e da periferia para o centro. Localiza-se os temas e as dinâmicas do grupo.Oportuniza-se o tempo de aproximação e percepção no grupo.
2-Dramatização: A cena é o principal núcleo operativo. Esta etapa inclui a investigação, para montagem das cenas, a elaboração, objetivando a resolução, compreendida como a “abertura” a possibilidades; o re-fluir da espontaneidade.
3-Sharing ou compartilhamento: quando cada um compartilha o que sentiu, em que ponto foi tocado pela dramatização; cada um trará a sua verdade ao espaço dramático, sem julgamento de valores . Evita-se a racionalização.
4-Processamento:  inclui aspetos técnicos e teóricos. Moreno considera o aluno parte ativa do seu processo de aprendizagem; nesta etapa processa-se a aprendizagem afetivo-cognitiva.
Com o propósito de sistematizar a proposta e o conhecimento moreniano na contemporaneidade alguns estudiosos utilizam-se do termo SOCIONOMIA para designar a “ciência das relações sociais” em substituição ao termo PSICODRAMA. Esta substituição gera polêmica entre os psicodramatistas. Para além desta questão o Psicodrama compõe a SOCIATRIA, a qual inclui também o sociodrama e a psicoterapia de grupo. Basicamente, o psicodrama se diferencia do sociodrama  em função do foco do trabalho; no primeiro foca-se  num indivíduo (o protagonista) e no segundo, no próprio grupo. Na perspectiva sociodramática várias são as possibilidades interventivas, à exemplo o jornal-vivo. A Socionomia inclui a SOCIOMETRIA, ciência das relações interpessoais.
O método psicodramático inclui diversas técnicas sendo as tradicionais:
§  Solilóquio
§  Espelho
§  Duplo e
§  Inversão de papéis
Estas e outras técnicas compõem o que Moreno chamou de “Realidade Suplementar”, sobre a qual  escreveu: “...significa que há certas dimensões invisíveis na realidade da vida não inteiramente experimentadas ou expressas, razão por que temos de usar operações e instrumentos suplementares a fim de trazê-las para nossos quadros terapêuticos.” (Moreno,2006. pg.25)                  
Também pelo fato de o psicodrama ser um método de ação dizemos  que para saber o que é Psicodrama é preciso vivenciá-lo.
                                                                                         por Dolores  Pena  - Psicodramatista

Tudo acontece Aqui e Agora

“O momento é a abertura pela qual o homem passará em seu caminho.” J.L.Moreno



Com o propósito de tornar conhecido o PSICODRAMA  como método e abordagem sócio-psicoterapêutica iniciaremos por enfatizar os princípios fundamentais do pensamento de Jacob Levy Moreno, seu criador.O faremos na perspectiva teórico-vivencial a começar pela Filosofia do Momento, enfatizando o aqui-e-agora.
                       
 FILOSOFIA DO MOMENTO
                Para Moreno o Psicodrama é “a ciência que procura a verdade através da ação dramática”.
Desde sempre ocupando-se com questões sócio-humanitárias Moreno evidenciou o grupo como agente de grandes transformações e, na arte dramática, no teatro, identificou os instrumentos necessários para facilitar grupos e indivíduos nesta perspectiva: a da transformação. Criou o teatro da espontaneidade e mais tarde o método sócio-psicoterapêutico valorizando o desenvolvimento da espontaneidade-criatividade como critério de saúde mental. O homem saudável é o homem espontâneo. Com a Sociometria valorizou as interrelações, as dinâmicas e os processos grupais, consistindo num instrumento fidedigno para análise e medida destas relações. Com a psicoterapia de grupo oportunizou o encontro de indivíduos partilhando um mesmo processo. Acreditou no ENCONTRO e poeticamente expressou seu pensamento:
“Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiveres perto, eu arrancarei os teus olhos
E os colocarei no lugar dos meus,
E tu arrancaras os meus olhos
E os colocará no lugar dos teus,
Eu então o olharei com os teus olhos,
E tu me olharás com os meus.” (J.L.Moreno, Einladung zu einer Begegnung, fev.1914.)

O grupo, foco especial de sua atenção, oportuniza a co-criação, onde e quando indivíduos se encontram consigo mesmos e com o outro e que a partir das interações, através da ação, re-organizam-se, e novas possibilidades se tornam possíveis e inevitáveis. As “conservas” são resignificadas (consideradas dialeticamente necessárias ao próximo ato criador). Os indivíduos no grupo reconhecem-se agentes transformadores e nisto consiste o principal objetivo da ação dramática. No grupo descobre-se o valor da própria experiência grupal para criar novas possibilidades de/para ser no mundo. Por isto estudar e ensinar o Psicodrama será possível uma vez que se considere a teoria da prática.
A filosofia do momento constitui-se a pedra fundamental da teoria para a ação psicodramática.
O aqui-e-agora é o foco da ação ainda que no psicodrama também o passado e o futuro se contracenam. A prontidão, a presença, é fator essencial na estruturação das cenas sócio-psicodramáticas; é a “cena” que  estrutura o drama no Psicodrama e acontece no aqui-e agora.
“...o espaço cênico é uma extensão da vida além dos limites do teste de realidade da vida em si. A realidade e a fantasia não estão em conflito, sendo ambas as funções pertinentes a uma esfera mais ampla, o mundo psicodramático de objetos, pessoas  e eventos.”( Moreno, 1992)
A Filosofia do Momento, segundo Moreno, refere-se à ocorrência de três fatores em determinado “momento”, representando três ângulos de um mesmo processo, os quais devem ser enfatizados: LOCUS, ESTATUS NASCENDI e MATRIZ.
Aqui tratando-se de fundamentar a ação psicodramática e entendendo que é a teoria do momento que subsidia a estruturação da cena no Psicodrama, consideramos que: o Locus refere-se ao grupo de fatores condicionantes em que uma resposta - num determinado momento - foi criada; o Status Nascendi refere-se ao momento específico em que é estruturada(desenvolvida) a resposta, e a Matriz é a resposta específica pela qual a pessoa optou no momento e a qual, por repetição (transferência), corresponderá a angustia, a dor existencial ou a queixa da pessoa. O conceito de Matriz refere-se a “lugar de acontecimentos fundantes” e portanto é o “lócus nascendi”. Em termos gerais nenhuma “coisa” existe sem seu lócus, não há lócus sem seu status nascendi nem status nascendi sem sua matriz.
Estes três fatores, interrelacionados, é que deverão ser investigados para a estruturação da cena sócio-psicodramática; a matriz será sempre o foco. Investigar o “para que” a resposta foi criada é também importante. Esta resposta poderá estar contida em sentimentos, sensações ou valores e por isto são utilizados articuladores temporais(quando), ideativos(o que) ou corporais (tensão, dor) que conduzem a outras cenas estruturadoras da resposta (matriz).
                A função da cena sócio-psicodramática é propiciar uma saída libertadora do conflito (matriz), ou seja, promover uma resposta nova a uma situação antiga, ou ainda, uma nova resposta a nova situação. A esta capacidade de “adequação da resposta”, Moreno chamou Espontaneidade ou fator “e”. E a esta referiu-se como catalisadora da criatividade (“substância primeira de todo ser vivo”). A Espontaneidade-criatividade privilegiam o momento da criação –aqui-e-agora.
                 “A espontaneidade só funciona no momento de seu surgimento, assim como, falando metaforicamente, se acende uma luz numa sala e todas suas partes se tornam claras. Quando se apaga a luz a estrutura básica da sala continua sendo a mesma e, no entanto, desapareceu uma qualidade fundamental.” (Moreno,1974, p136)
                A partir desta investigação o diretor do Psicodrama conduzirá o protagonista, os egos- auxiliares e o grupo na dramatização e posteriormente ao compartilhamento. Nos grupos didáticos inicia-se a análise dos conteúdos da dramatização na etapa do processamento.
                O método psicodramático consiste nas seguintes etapas:
1-Aquecimento inespecífico
2-Aquecimento específico
3-Dramatização
4-Sharing ou compartilhamento
5-Processamento
Sintetizando, a aplicação do método é tão importante quanto a teoria que o subsidia.  A ação dramática favorece aos indivíduos e ao grupo o entendimento e a riqueza do momento: é vivenciando o status nascendi da experiência grupal, participando com honestidade, que recriam seus modelos relacionais, que distinguem a experiência emocional individual da dos outros e que também se reconhecem agentes transformadores dos demais.
Para compreender a teoria é preciso vivenciar o psicodrama, em que o diretor, os egos auxiliares, o protagonista e a platéia vivem cada momento como parte de uma criação conjunta em que os significados coconscientes e coinconscientes se articulam, em que o humano e o divino se contracenam, no aqui-e-agora, a favor de novas possibilidades de ser no mundo.
A filosofia do momento de Moreno fundamenta todo o percurso dramático enfatizando a interação teórico-prática para a compreensão do Psicodrama, onde(aqui) e quando(agora) o mesmo acontece.
                                                              
                                                                                                  por Dolores Pena - Psicodramatista
   
Referência bibliográfica:
BUSTOS, Dalmiro M.O Psicodrama: aplicações da técnica psicodramática. São Paulo.               
      Ágora, 2005.
PERAZZO, Sérgio. Psicodrama: o forro e o avesso. São Paulo. Ágora.2010

Projeto Conhecendo o Psicodrama

Estão abertas as inscrições para a primeira aula do projeto "Conhecendo o Psicodrama"!


O projeto objetiva divulgar o Psicodrama como proposta metodológica e interventiva para o trabalho com grupos e em processos sócioterapêuticos bipessoais. Atende a estudantes e profissionais de Psicologia e de áreas afins: médicos, assistentes socias, nutricionistas e pedadgogos.
A primeira aula acontecerá no dia do Psicólogo, dia 27 de agosto, das 14 às 17h. Portanto, para comemorarmos, o Espaço Encontrarte oferece esta aula com desconto promocional!

Não deixe de participar! Faça sua inscrição por telefone (31. 8703-9119) ou deixe aqui seu comentário expressando sua vontade de participar.

Entraremos em contato!

"Me aqueça neste inverno"

O espetáculo apresentado no dia 30 de junho foi um sucesso!


Para iniciar a noite, a trupe distribuiu papéis e canetas, sugerindo à platéia que pensasse sobre "o que me aquece..."e depois escrevesse sobre "o que precisa ser aquecido na minha vida"...

Em seguida, cada participante se levantava para levar à "fogueirinha" suas palavras!


A trupe deu um show de criatividade e espontaneidade, aquecendo as histórias dos narradores da noite!




Ao final do espetáculo, a platéia recebeu um graveto com uma tira de papel, onde puderam escrever a resposta a: _ "qual é a lenha que preciso colocar na "fogueira da minha vida"? - o registro de uma atitude ou ação em favor do que de fato  precisa ser aquecido. Desta vez o graveto foi levado para a grande fogueira, "ao vivo e a cores ", ao redor da qual puderam se aquecer ...
Para finalizar a noite com um calorzinho típicamente mineiro, a platéia foi convidada para um lanche com quitutes deliciosos e um bom chocolate quente!



Trupe Encontrarte em volta da fogueira,
 reverenciando o calor da noite!
  
A trupe Encontrarte (da esq. para dir.)
Juliana ( Kju), Juliana, Ângela, Cláudio, Dolores, Anna Cláudia, Ana Flávia.

Aos ingressos somou-se  a doação de um agasalho ou cobertor os quais  foram doados para uma comunidade carente.


O Play Back Theatre oportuniza a reflexão e o planejamento de ações revelando-se como processo de transformação individual e social.

Bastidores da Trupe Encontrarte

No dia 30 de junho, a trupe Encontrarte apresentou seu espetáculo "Me aqueça neste inverno".

Enquanto os espectadores se aconchegavam em seu lugares, a equipe se reuniu no camarim para aquecimento e concentração!




ESPETÁCULO DE PLAYBACK THEATRE

ACONTECEU...
Espetáculo de Playback Theatre com a Trupe Encontrarte, no dia 19 de março de 2011.
Agradecemos aos participantes pela co-construção do espetáculo: Revendo Máscaras e Dscobrindo Raízes!







O espaço da criatividade na re-construção de identidades

                                     Por Dolores Maria Pena Solléro e Bianca Pena Solléro

INTRODUÇÃO
          Ao se considerar o mundo neste século, cuja estréia foi marcada pela tragédia em 11 de setembro, em que a violência protagoniza no palco sócio-político e em que, a despeito da globalização, a humanidade apresenta-se dividida, pressupõe-se a necessidade urgente de se reconhecer, validar e estimular o potencial criativo do indivíduo, como recurso fundamental para sua sobrevivência.
          O mundo visto como um conjunto organizado de relações significativas só pode ser compreendido se considerarmos estas relações, pois, indivíduo e mundo constroem-se numa dialética contínua, num processo de co-construção. O indivíduo constrói sua identidade, cria e recria-se dinamicamente, na relação com o outro, com o mundo e através do seu potencial criativo.
          O “como estar no mundo” decorre da interdependência, influência e confluência de vários fatores internos e externos.
          Pretende-se aqui evidenciar a importância da criatividade no processo de reconstrução de identidades, vivenciado por pacientes psiquiátricos em tratamento num serviço ambulatorial de saúde mental. Para tal utilizou-se, especialmente, técnicas de expressão artística em oficinas de criatividade e como critérios de avaliação deste processo considerou-se a evolução intra e interpsíquica e a reintegração psicossocial, analogamente ao desenvolvimento do potencial criativo destes mesmos indivíduos. Alguns destes pacientes apresentavam na sua história clínica, antes do tratamento, a intercorrência de surtos psicóticos e internações psiquiátricas. Todos os pacientes são atendidos também em grupos de psicoterapia psicodramática, de orientação psicossocial e em consultas psiquiátricas individuais. Além da oficina de criatividade participam de oficinas físico-recreativa, de dança e de atividades lúdico-cognitivas (jogos estruturados e não estruturados).
          O estudo subjacente à oficina de criatividade foi realizado por uma psicóloga psicodramatista e uma artista, tendo como objetivo complementar, confirmar a importância da criatividade também na consolidação de um novo paradigma: o da Transdisciplinaridade.

DESENVOLVIMENTO
          A Oficina de Criatividade, como parte integrante do serviço ambulatorial de saúde mental, foi criada com o simples propósito de ocupar os pacientes no tempo ocioso entre os grupos psicoterapêuticos e as consultas psiquiátricas. Eram oferecidos materiais como lápis de cor, giz de cera e papel para desenhos livres e também, desenhos impressos para serem coloridos. Ocupando-se com interesse marcante, os participantes tornaram evidente a importância da expressão artística no contexto terapêutico. Confirmávamos, basicamente, que através dela as pessoas podem libertar de suas tensões e sentirem-se melhor.
          Buscando melhor fundamentar a proposta desta oficina de criatividade, nasceu a idéia da interdisciplinaridade: psicodrama e ensino de Arte, que originou este relato.
          Jacob Levy Moreno, criador do psicodrama, estabelece como pilares da teoria socionômica, a espontaneidade-criatividade e as considera como fenômenos primários e positivos. “Espontaneidade é uma aptidão plástica de adaptação, mobilidade e flexibilidade do eu”; é  considerada “a resposta nova de um indivíduo ante uma situação nova e a nova resposta a uma situação velha”; é o fator “e”(Moreno,1974). A criatividade é a alma de todos os seres vivos, os quais têm de ser criativos para sobreviverem. Portanto, o fator criatividade é geral no universo e pertence à categoria da substância primeira; para ser efetiva precisa de um catalizador: a espontaneidade. Moreno valoriza o ato da criação, “o encontro do artista com alguma coisa”, mais do que a criação já pronta (a obra de arte). A criatividade, portanto não pode ser entendida como um fenômeno essencialmente subjetivo; ela ocorre, “num ato de encontro, e deve ser compreendida como tendo por centro este encontro” (Rollo May,1982).
          Neste sentido é importante considerarmos que as expressões artísticas da arte contemporânea se dão nesta mesma maneira, não valorizando mais o temático ou a resolução formal da obra de arte, mas procurando serem auto-referenciáveis (discutindo “o fazer” e não apenas “o representar”).
          O momento da criação, ainda para Moreno, é considerado o momento da centelha divina; na expansão máxima do ato espontâneo considera alcançar-se o limite entre o humano e o divino. Enfatiza a essência inovadora da vida humana, mais do que a repetitiva. Ao referir-se às conservas culturais reconhece-as como produto da criatividade. A obra de arte conserva em si o momento da criação. Assim sendo, considera que as próprias criações do ser humano coarctariam sua espontaneidade e entende que ao longo da vida em sociedade, as normas e regras vão suplantando a espontaneidade e restringindo a capacidade de criação.
          A liberação da espontaneidade-criatividade é que possibilitará a evolução psíquica dos indivíduos. Em contrapartida, a espontaneidade sem criatividade corresponde à patologia da espontaneidade, relativa às psicoses. Referindo-nos a nossa clientela faz-se prioridade, no processo de re-construção de identidades, o desenvolvimento e treinamento de respostas adequadas, inovadoras e criativas destes indivíduos.
          A fluência da espontaneidade-criatividade, compreendida como indicador de saúde mental, faz-se objetivo e desafio. Por esta clientela o mundo é percebido, via de regra, como hostil e ameaçador. Portanto, no processo de reintegração psicossocial inclui-se o fato de estes indivíduos lidarem com o medo e a dor emocional da estigmatização.
          Aproximando psicodrama e ensino de arte passamos a considerar especialmente, que a arte e a personalidade do criador se contracenam, e que também através da sua expressão artística o indivíduo pode ressignificar e interpretar as coisas do mundo, uma vez que esta consiste no diálogo estabelecido entre o indivíduo e o mundo que o cerca. O ato de criar intermedia esta relação, por mais precária e difícil que seja, facilitando-a. A dramatização, o treinamento e a representação de papéis, o espelho, e outras técnicas psicodramáticas são desenvolvidas (nas sessões psicodramáticas) numa interface com a expressão artística (nas oficinas de criatividade) e se complementam interdinamicamente.    
           Podemos dizer que a psicoterapia psicodramática ao priorizar a ação e a oficina de criatividade a expressão, paralelamente, oportunizam e favorecem aos participantes a maior fluência da espontaneidade-criatividade de forma facilmente observada. Em se tratando dos pacientes psicóticos a contribuição da oficina é ainda mais perceptível, pois intensifica-se o desenvolvimento da criatividade.
           Atualmente a oficina de criatividade é oferecida duas vezes por semana a cada um dos grupos. As atividades e técnicas a serem desenvolvidas são planejadas sem que se perca de vista o objetivo essencial de garantir a liberdade de expressão e de escolha dos participantes. Segundo Victor Lowenfeld (1977), a cópia fiel de modelos impede o desenvolvimento da “livre expressão criadora”. Respeita-se o fato de que é no ato do fazer e criar que a relação do “artista” com sua produção se torna maior e mais íntima. Esta relação se dá de forma singular e por conseguinte, oportuniza ao criador o próprio recriar-se. Por assim ser, o indivíduo ao longo do seu processo de reintegração psicossocial, ao expressar-se através da sua arte, tem valorizada sua subjetividade e, conseqüentemente, aumenta a liberdade da sua produção artística. Nesta perspectiva, subjetividade e criatividade se interdependem.
           O processo de “re-construção” de identidade é gradual e progressivo considerando que cada um dos pacientes encontra-se num nível de evolução psíquica e que, de forma independente, dedica-se à expressão artística e desenvolve sua criatividade.
          Como referencial para a análise da evolução psíquica dos pacientes utilizamos o esquema de desenvolvimento da Matriz de Identidade que consiste nas fases de indiferenciação, simbiose, reconhecimento do Eu, reconhecimento do Tu, relação em corredor, pré-inversão de papéis, triangulação, circularização e inversão de papéis, seguindo-se ao encontro e à revitalização de identidades; consideramos os níveis transferenciais a partir do diagnóstico dos núcleos de psicotização. (Fonseca,1980).     
          As sessões de psicodrama oportunizam aos pacientes a revisão dos seus vínculos a partir da utilização das técnicas psicodramáticas; “refazendo” a matriz de suas identidades criativamente reconstroem-se.
          As diferentes formas de representação artística são desenvolvidas segundo as visões de mundo do criador e suas necessidades psicológicas. Desde a gestualidade e expressividade de um Pollock (1912-1956), ao conceito e rigor formal de um Cildo Meireles (1948) ou um Mondrian (1872 – 1944), evidencia-se a complexidade das inúmeras relações geradas entre as singularidades de cada artista e as diversas partes envolvidas no processo de criação.
           A técnica do desenho livre à qual, a princípio, ofereciam alguma resistência foi progressivamente aceita e desenvolvida. Consideramos os afetos e sentimentos comunicados a partir de simples borrões e das imagens deles originadas. “O símbolo configurado em materialidade leva à compreensão, transformação, estruturação e expansão de toda a personalidade do indivíduo que cria”, considera Ângela Philippini (1994).
           A expressão artística se revela como expressão de identidades na medida que reconhecemos que esta sempre comunica algo de seu criador, seja de caráter político, social ou puramente emocional e individual.
           A rasgagem e colagem de papéis e de revistas, e de diferentes espessuras, as modelagens e a diversificação do material utilizado, foram imprimindo nas produções artísticas as características inerentes do seu criador. O uso da purpurina, do brilho e das cores, vão permitindo igualmente, a identificação de quem as criou desconsiderando-se, aqui, o preconceito estético. Atualmente identificam as próprias produções e por vezes reconhecem-se capazes de identificar as dos colegas; emitem opiniões que, como num breve exercício de análise crítica, validam a auto-estima e ampliam a socialização, manifestando apreço e consideração próprios e pelo outro. Através de simples comentários, remetendo-se às lembranças, vivências e sentimentos, refletem um olhar mais sensível e intuitivo. A arte portanto, não representa simplesmente a realidade, mas é a realidade percebida de um outro ponto de vista.  Segundo Fayga Ostrower (1994), “a percepção (...) origina-se numa misteriosa faculdade de nossa sensibilidade – a intuição(...). A intuição vem a ser uma característica essencialmente humana, constituindo uma das vias cognitivas mais importantes do homem. Sobretudo sua função sempre criativa”.
          Confeccionando cenários, fantoches, enfeites, máscaras, colares, instrumentos musicais com sucata, foram ampliando sua linguagem, socializando-se e coletivizando a produção artística sob o viés da multiculturalidade.
          O nível de envolvimento de todos os participantes da oficina traduz-se num clima amistoso e de solidariedade. Reconhecem-se mais criativos e motivados à produção. 
          Acontecem exposições artísticas das quais participam como expositores e organizadores, por vezes até curadores. A visitação às exposições oportuniza a integração dos participantes e visitantes; interagem, desmistificam-se e portanto, incluem-se socialmente. A partir dos diferentes contextos e momentos de exposição artística percebe-se a gradual mudança nestas relações e por conseguinte, a diminuição do preconceito e uma convivência mais tranqüila e saudável.  
          Observamos que os participantes vão sendo, cada vez mais, capazes de, criativamente, melhor resolverem situações-problemas do cotidiano.
          No contexto familiar dialogam, valorizando as linguagens verbal e corporal como recursos interrelacionais importantes. Os familiares que também participam das oficinas, no grupo de cuidadores, facilitam todo o processo e reconhecem o desenvolvimento da própria criatividade e a sua função facilitadora nas relações familiares e sociais. 
          “A arte (...) só cumpre a sua verdadeira missão quando o contágio em virtude do qual as consciências se comunicam, leva os indivíduos, habitualmente isolados, a se reconhecerem entre si como membros da humanidade. Nem todos os sentimentos e pensamentos são compatíveis com essa missão ética e espiritual de fortalecer a união entre os homens e contribuir para a fraternidade universal." (Nunes, 2003)
          Com este trabalho acreditamos ter contribuído para mudanças significativas nas relações homem-mundo e evidenciamos alguns dos mais significativos depoimentos dos participantes da oficina de criatividade:
“A oficina de criatividade é muito importante para mim, me tranqüiliza, é muito empolgante.”
“É muito gratificante fazer o que agente achava que não conseguia”
“...estou sendo elogiada no serviço e em casa.”
“Estou voltando ao mundo.”
“Não sou melhor nem pior, apenas a cada dia aprendo um pouco.”
“...a gente esquece que tem que pegar o ônibus.”
“...me sinto tranqüila e mais segura.”
“A oficina abre a minha mente e me faz enfrentar tudo de ruim da minha vida.”
“Às vezes não consigo mas sei que vou tentar.”
“Tudo se torna mais fácil e agente sente mais leveza.”
“Agora penso antes, sei que posso criar uma saída.”

CONCLUSÕES
          Ao abordarmos a criatividade nas perspectivas psicodramática e do ensino da arte podemos concluir nosso relato referendando e confirmando o espaço da criatividade no processo de re-construção de identidades.
          Numa perspectiva intrapsíquica observamos a evolução dos pacientes na medida que passaram a freqüentar o serviço de saúde mental de forma mais autônoma, espontânea e alegre. São assíduos e dedicam-se, sem manifestar oposição, às atividades propostas. Priorizam a conclusão da sua produção artística demonstrando envolvimento e apreço pela sua arte. Demoram-se ao falar do que produziram.   Alguns que não se deixavam fotografar, hoje o permitem sem restrições: aumentaram a auto-estima. Podemos dizer que aumentaram a capacidade de jogar papéis.
          Na perspectiva interrelacional sobressaem os comportamentos e atitudes adquiridos em relação à maior participação e organização no grupo, tanto nas oficinas quanto nas atividades entendidas como externas: passeios, caminhadas ecológicas, apresentação em anfiteatro e exposições artísticas. Observa-se maior desinibição nos grupos e entusiasmo nas tarefas grupais e atividades sociais. Há predominância de uma convivência cooperativa, solidária e alegre permitindo-nos concluir sobre a melhora da comunicação em geral.
          Num momento em que nos ocupamos com a sustentabilidade dos recursos naturais do nosso planeta incluímos como igualmente inadiável a sutentabilidade da diversidade humana. Neste sentido, a despeito das significativas dificuldades engendradas pela representação social dos transtornos mentais entre os próprios familiares e da comunidade, concluímos que a proposta da oficina de criatividade confirmou-se como estratégia de ação eficiente para a inclusão social. Observou-se a  presença de um número cada vez maior de familiares e “amigos” dos pacientes nos eventos comemorativos e artísticos organizados por estes, tais como: Natal, festa junina, carnaval, exposições, apresentação de teatros, teatros de fantoches, danças e lanches coletivos.
          Ao considerarmos “Alfred Adler que, ao referir-se à sua teoria compensadora da criatividade, diz que os homens produzem a arte, a ciência e os outros aspectos da cultura para compensar as suas imperfeições” (MAY, 1982), confirmamos que ao produzirem suas artes os participantes da Oficina de Criatividade reorganizam-se sócio-psiquicamente reconhecendo-se sujeitos e validando suas identidades no mundo.
          A expressão artística como proposta da Oficina de Criatividade oportunizou o desenvolvimento da criatividade-espontaneidade tornando-os cônscios dos seus próprios potencial, talento e recurso.
          Reconhecendo-se criativo o indivíduo resgata a integridade do Eu, sua dimensão relacional, seu pertencimento e faz-se espontâneo.

Referências bibliográficas:

  • LOWENFELD, Viktor. A criança e sua arte (um guia para os pais). 2ª edição. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1977. 228p
  • MAY, Rollo. A coragem de criar. 2ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983. 143p.
  • NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1989. 128p.
  • PHILIPPINI, Ângela. Arteterapia, um caminho. In: Imagens da Transformação. Luzazul Editorial, 1994. pp. 04-07
  • OSTROWER, Fayga. Loucura e criatividade artística. In: Imagens da Transformação. Luzazul Editorial, 1994. pp. 22-26
  • FONSECA, José. Psicodrama da Loucura: correlações entre Buber e Moreno. São Paulo:Agora,1980.
  • MASSARO, Geraldo. Loucura: uma proposta de ação.São Paulo:Agora,1994.

Curso: Introdução à abordagem Sócio-Psicodramática

O atendimento terapêutico de grupos tem sido cada vez mais indicado, uma vez que cada um dos integrantes expressa e apreende novas possibilidades de expressão e comunicação, em menor tempo. O exercício da convivência oportuniza novos significados para antigas situações e agiliza o processo de desenvolvimento pessoal e interpessoal. Empresas, escolas e outras instituições dinamizam o processo de humanização e agilizam seus projetos nas áreas da saúde e sócio organizacional demandando o trabalho com grupos. A capacitação de profissionais para o trabalho com grupos é necessária, pois exige-se conhecimento e técnica.
A proposição deste curso vem atender a demanda atual com o objetivo de implementar esta modalidade terapêutica a favor de todos envolviods no processo.

PROGRAMA DO CURSO

  • História da Socionomia: Jacob Levy Moreno
  • Filosofia do Momento
  • Espontaneidade-Criatividade
  • Teoria dos papéis e Clausters
  • Teoria dos Vínculos
  • Átomo Social
  • Esquema de Desenvolvimento humano - Matriz de Identidade
  • Técnicas e fundamentos
  • Psicodrama, Sociometria, Sociodrama e Jogos PsiScodramáticos
METODOLOGIA Sócio Psicodramática
CARGA HORÁRIA: 36 HORAS - Módulos Mensais
FACILITADORA: Dolores Maria Pena Solléro

Espetáculos da Trupe Encontrarte de Playback Theatre no ano de 2010

Em dezembro, a Trupe EncontrArte de Playback Theatre realizou o último espetáculo do ano no seu lócus. A "casa cheia" permitiu a re-edição de muitas estórias. Para 2011 a Trupe já conta com um público assíduo e muito interessante.

Participe você também!

Grupo de Estudo sobre Teatro Espontâneo

Grupo de estudo:"O TEATRO ESPONTÂNEO E TERAPÊUTICO"

O grupo de estudo é coordenado por Dolores Pena, psicóloga, psicodramatista, associada à FEBRAP , professora do curso de especialização em Psicodrama do IMPSI - Instituto de Psicodrama Jacb Levy Moremo, em BH e Theaterer.

Fazer Teatro Espontâneo possibilita, especialmente, o desenvolvimento da espontaneidade-criatividade.

O Teatro da Esponaneidade foi criado por Jacob Levy Moreno, entre 1921 e 1923, como proposta sócioterapêutica e evoluiu para o Psicodrama: método psicoterápico e sócio-educacional largamente aplicado pelos psicodramatistas.

A partir de então foram desenvovidas outras modalidades do teatro espontâneo. O Playback Theatre, foi criado por Jonathan Fox e Jo Salas, nos E.U.A, em 1975, integrando aspectos teóricos e técnicos do psicodrama e do sociodrama. Este caracteriza-se por ter um grupo fixo de atores que interpreta, de improviso, histórias e fatos contados por pessoas da platéia. É uma teatro de interação entre atores e platéia e que beneficia terapeuticamente a todos.

O T E é aplicado em grupos comunitários, empresas e escolas podendo atender a um tema específico sobre o qual se queira trabalhar. É reconhecido como recurso dinamizador de mudanças (compreensão e transformação) na perspectiva, individual, interpessoal e social.

A Oficina deTeatro Espontâneo - Playback Theatre, realizou-se nos dias 14 e 15 de agosto/09 sob a coordenação de Zoé Vale, psicodramatista e atriz espontânea, fundadora do "Vida em Cena", grupo de TE.

Após a oficina os participantes fizeram comentários sobre o que sentiram e perceberam "fazendo" teatro espontâneo.

O grupo de estudo objetiva também a formação de um grupo de Teatro Espontâneo, na modalidade Playback Theatre, para os interesados na sua aplicabilidade.

"Apreciar as obras de Deus é motivar-se naturalmente com as possibilidades de nossos vôos,propulsionados pelo sentimento de sermos infinitamente amados por ELE."
Shalon!!!

"Acho impossível que um indivíduo contemplando o céu, possa dizer que não existe um criador".
                                                                                                                    (Abrahan Lincohn)